Hoje, 31 de março, é o Dia Nacional da Saúde e Nutrição e a data busca conscientizar a população a ter um olhar atento para a própria saúde. Mas quando falamos sobre a nutrição para pacientes paliativos, a atenção na hora de alimentar-se passa a ser uma das estratégias terapêuticas que proporciona uma melhor qualidade …
Hoje, 31 de março, é o Dia Nacional da Saúde e Nutrição e a data busca conscientizar a população a ter um olhar atento para a própria saúde. Mas quando falamos sobre a nutrição para pacientes paliativos, a atenção na hora de alimentar-se passa a ser uma das estratégias terapêuticas que proporciona uma melhor qualidade de vida.
A nutricionista do Valencis Curitiba Hospice, Karen Cardoso Inamassu, explica que os alimentos sempre foram ótimos aliados para manter a saúde em geral, mas a alimentação deve ser exclusiva para cada indivíduo, garantindo os principais nutrientes que a pessoa precisa. “Manter uma dieta balanceada e rica em nutrientes é importante em todas as fases da vida, mas quando está passando por um tratamento oncológico ou sendo acompanhado com profissionais que atuam com os cuidados paliativos, a atenção com a alimentação deve ser ainda mais rigorosa.”
A perda de peso e a desnutrição estão presentes em pacientes com tumores de estômago, esôfago e pâncreas, casos em que a desnutrição atinge cerca de 80% dos pacientes. Já em tumores de intestino grosso há registro de 50% de casos com desnutrição e 40% de mulheres com câncer de mama apresentam redução no peso. “É fundamental que o nutricionista acompanhe o paciente durante o tratamento, mesmo nos casos paliativos, pois assim poderá indicar a melhor dieta e também a utilização de tipos de nutrientes com o apoio de suplementos“, cita a nutricionista.
No entanto, é fundamental seguir critérios para a realização de um plano ideal para a individualidade do paciente. Karen destaca que para planejar o cuidado nutricional deve-se levar em consideração o estágio tumoral, a presença de metástases, capacidade funcional, predição clínica de sobrevida, história de perda de peso, caquexia, presença de sintomas, tais como dispneia, delírio, anorexia e disfagia, e alterações laboratoriais (leucocitose, linfopenia, hipoalbuminemia e aumento da proteína C reativa). “Também é preciso levar em consideração algumas vontades e desejos desses pacientes paliativos, dessa maneira, possibilitaremos mais qualidade de vida.”