Envelhecimento e doenças crônicas em idosos A população brasileira está envelhecendo. Hoje já somos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cerca de 29 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais. Ainda segundo a entidade, até 2025 nosso país ocupará a sexta posição em número de pessoas da chamada terceira idade …
Envelhecimento e doenças crônicas em idosos
A população brasileira está envelhecendo. Hoje já somos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cerca de 29 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais. Ainda segundo a entidade, até 2025 nosso país ocupará a sexta posição em número de pessoas da chamada terceira idade ou melhor idade.
Envelhecer é um processo heterogêneo influenciado por aspectos biológicos, sociais, psicológicos e espirituais, portanto “Idoso não é tudo igual”. Quando o envelhecimento é bem-sucedido, ou seja, vem acompanhado por manutenção da autonomia, da independência e de uma boa autopercepção de saúde, vive-se plenamente essa nova fase, e pessoa idosa pode contribuir com a família, com a comunidade e até mesmo realizar os mais diversos sonhos, como uma viagem, uma carreira, um grande amor… não há limites. Mas para que isso seja possível, é preciso acompanhar o processo de envelhecimento buscando prevenir a ocorrência de doenças crônicas e, quando elas ocorrem, acompanhar cuidadosamente para que a sua progressão seja a mais lenta possível e causando o mínimo de complicações.
“Tanto no acompanhamento da pessoa idosa, que vivencia o processo de envelhecimento bem-sucedido, quanto daquela que envelhece com perda da independência e da autonomia, é imprescindível conversar sobre a morte e o processo de morrer, buscando conhecer quais são seus desejos, valores e como deseja ser cuidada no final da vida. É preciso conversar sobre Cuidados Paliativos e sobre Diretiva Antecipada de Vontade”, cita a geriatra Gisele dos Santos, do Valencis Curitiba Hospice, espaço dedicado a cuidados paliativos em Curitiba.
Doenças crônicas e síndromes
As doenças crônicas que mais afetam os idosos são a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM), Osteoartrite, as doenças neurodegenerativas, como, por exemplo, a Doença de Alzheimer e a Doença de Parkinson, as pneumopatias crônicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC, e o câncer. Além das doenças crônicas, verificam-se também vários estados de saúde complexos denominados de Síndrome de fragilidade e Síndromes geriátricas.
As Síndromes geriátricas são conhecidas como os 7 “Is” (Incapacidade cognitiva, Incapacidade comunicativa, Instabilidade postural, Incontinência esfincteriana, Iatrogenia, Imobilidade e Insuficiência familiar) e são maiores preditores de mortalidade do que as doenças crônicas.
É preciso lembrar que no idoso dificilmente uma única doença ou uma única Síndrome geriátrica explica todos os sintomas apresentados, ou seja, é comum que o idoso apresente mais de uma doença crônica e mais de uma Síndrome geriátrica.
“Como geriatra, avaliamos de forma global e individualizada o paciente idoso, depois desenvolvemos um plano de cuidados que envolve uma abordagem multiprofissional e uma adequação seriada das metas de prevenção e terapêuticas, de acordo com a capacidade funcional, o grau de fragilidade e a fase da vida”, destaca Dra. Gisele.