A importância da humanização nos cuidados paliativos No dia 9 de junho é comemorado o Dia Nacional da Humanização. O conceito de humanização na área da saúde refere-se ao respeito às práticas e aos recursos voltados para a ampliação do relacionamento entre profissionais e pacientes. Para entender como se aplica em cuidados paliativos é necessário …
A importância da humanização nos cuidados paliativos
No dia 9 de junho é comemorado o Dia Nacional da Humanização. O conceito de humanização na área da saúde refere-se ao respeito às práticas e aos recursos voltados para a ampliação do relacionamento entre profissionais e pacientes.
Para entender como se aplica em cuidados paliativos é necessário compreender que cuidados paliativos são uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes e suas famílias, enfrentando os problemas associados com doenças que ameaçam a vida, por intermédio da prevenção, do alívio do sofrimento com o tratamento da dor e outras dores, as psicossociais e espirituais.
Neste conceito, amplamente difundido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vemos no escopo dos cuidados paliativos todas as ações que devem ter um fim humanista, que objetivam melhorar a qualidade de vida do paciente e familiares, promovendo a dignidade humana.
“Cuidar de forma holística (integrando as diversas áreas da vida da pessoa) está intrinsicamente ligado à forma de tratar o paciente com humanização. Humanizar é tornar humano e esse deve ser sempre o objetivo para a prestação de cuidados, devendo nossa atenção estar direcionada para paciente e não somente para a doença”, cita Ronny Kurashiki, psicólogo do Valencis Curitiba Hospice, espaço dedicado a cuidados paliativos.
Os cuidados paliativos estão hoje categorizados com um dos melhores exemplos de humanização de cuidados. Profissionais altamente especializados da equipe multidisciplinar atuam de forma preventiva nos diversos sintomas que o paciente apresenta. Além disso, esses cuidados também são estendidos a familiares, parte fundamental do processo.
Humanizar os cuidados prestados, respeitando a privacidade do paciente, adequando o tratamento às suas necessidades, explicando os benefícios e/ou efeitos secundários do tratamento a realizar, respeitando a decisão informada do doente quando rejeita um tratamento fazem parte da humanização implantada pelos ambientes clínicos.
“Humanizar significa sempre lembrar que não tratamos um corpo, um órgão, mas uma biografia. É considerar que o adoecimento acometeu o paciente em um momento da sua história de vida, mas que ele não se resume a ela. Esse nem sempre é o caminho mais fácil, mas é o único possível quando pensamos em qualidade de vida e cuidado humanizado, aponta Ronny”.