Estudos comprovam que cerca de 70% dos pacientes com câncer irão sentir dor em alguma fase do tratamento, independente do tumor diagnosticado. Segundo a Dra. Clarice Nana Yamanouchi, a dor é conhecida como o “quinto sinal vital”, uma alusão aos sinais vitais (temperatura corporal, frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória), e a melhor maneira …
Estudos comprovam que cerca de 70% dos pacientes com câncer irão sentir dor em alguma fase do tratamento, independente do tumor diagnosticado.
Segundo a Dra. Clarice Nana Yamanouchi, a dor é conhecida como o “quinto sinal vital”, uma alusão aos sinais vitais (temperatura corporal, frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória), e a melhor maneira de tratar a dor é perguntando se o paciente tem queixa. “No Ambulatório da Dor é realizada uma triagem na qual as técnicas de enfermagem conferem os sinais vitais, além do peso e altura. Durante esta triagem, é mostrada uma escala de 0 a 10, conhecida como Escala Analógica Visual, e perguntado qual a dor que ele sente e onde. Dessa forma é possível identificar os pacientes que tem dor, sinalizar ao médico assistente ou mesmo encaminhar ao Ambulatório da Dor.”
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A enfermeira do serviço de Dor e Cuidados Paliativos do Valencis, Fernanda Tuoto, explica que após a avaliação os pacientes com dor intensa poderão ser encaminhados para o médico do Ambulatório da Dor para acompanhamento com equipe multiprofissional, sempre sob demanda do médico assistente responsável pelo seu tratamento. “Todo paciente oncológico tem medo de sentir dor, porque faz uma associação errada com o fato de a quimioterapia ou radioterapia não estar fazendo efeito. Os pacientes acompanhados no Ambulatório da Dor sentem-se mais amparados, pois fazemos monitoramento e deixamos um telefone à disposição 24 horas para que entrem em contato com a equipe caso seja necessário”, salienta Fernanda Tuoto.
Aumento da qualidade de vida do paciente com dor
O Valencis disponibiliza uma equipe multidisciplinar para atender os pacientes que apresentam dor de difícil controle, possibilitando maior adesão ao tratamento, o que favorece melhores resultados terapêuticos. No entanto, uma parcela dos pacientes que passa pelo Ambulatório da Dor segue para os Cuidados Paliativos, onde são realizadas ações promovidas pela equipe multidisciplinar com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares. “Os Cuidados Paliativos servem para cuidar da pessoa que apresenta uma doença potencialmente letal, além de controlar da melhor maneira possível os sintomas para que não haja sofrimento”, ressalta Dra. Clarice Nana Yamanouchi.
Os Cuidados Paliativos não servem apenas para pacientes que estão em fase final de vida. É preciso realizar esse acompanhamento desde o início do tratamento, possibilitando o aumento da qualidade de vida. “A adesão do paciente em relação aos Cuidados Paliativos vai resultar em uma melhor resposta ao tratamento, por esse motivo todos os pacientes devem conhecer mais sobre esse trabalho. Estamos sempre disponíveis para tirar todas as dúvidas das pessoas que passam pelo nosso Ambulatório”, finaliza a enfermeira Fernanda Tuoto.