Mesmo com uma doença crônica incurável, existem formas de melhorar a qualidade de vida do paciente. Terapias de diversos tipos têm ajudado pessoas a ter uma melhor qualidade de vida quando estas recebem um diagnóstico de uma doença crônica incurável. “O objetivo da terapia integrativa em cuidados paliativos é permitir que elas passem por esse …
Mesmo com uma doença crônica incurável, existem formas de melhorar a qualidade de vida do paciente.
Terapias de diversos tipos têm ajudado pessoas a ter uma melhor qualidade de vida quando estas recebem um diagnóstico de uma doença crônica incurável. “O objetivo da terapia integrativa em cuidados paliativos é permitir que elas passem por esse processo com maior conforto, tranquilidade e aceitação, aliviando a dor e o sofrimento, tanto nos aspectos físicos como nos psicossociais e espirituais”, explica Katia Abonante, recreadora e artesã do Valencis Curitiba Hospice.
Diversos tipos de terapias podem ser associados aos cuidados paliativos. Conheça algumas delas e fique sabendo de suas vantagens.
TERAPIA OCUPACIONAL
Funciona por meio de atividades, técnicas e instrumentos que visam estimular a autonomia e a independência dos pacientes. “A técnica ajuda a expressar os sentimentos, melhorando sua autoestima, bem como diminuindo a dor e melhorando conforto físico e emocional”, explica Katia.
Algumas atividades aplicadas pela terapia ocupacional:
– Orientar e adaptar atividades para o autocuidado nas realizações de atividades de vida diárias, possibilitando maior independência funcional, graduando ou adaptando tarefas, resultando em diminuição do gasto energético;
– Adaptação do ambiente, com medidas que possam promover melhor desempenho ocupacional e funcional para o paciente;
– Orientação e prescrição de tecnologias assistivas, que favoreçam um melhor desempenho funcional;
– Realização de atividades terapêuticas lúdicas, corporais, expressivas, narrativas e artesanais, para elaborar reflexões, emoções, favorecer desempenho funcional, para treino de disfunções cognitivas e perceptivas, entre outras.
TERAPIAS INTEGRATIVAS
“É importante entender que o ser humano é complexo e que possui aspectos energéticos que fazem parte do seu ser e que influenciam na melhora de sua condição. A abordagem das terapias orientais, como a Medicina Tradicional Chinesa, se dá nesse aspecto energético”, diz Manoela Scremin, acupunturista, do Valencis Curitiba Hospice. Alguns exemplos:
– Acupuntura: atua aliviando dores, melhorando o funcionamento digestivo, o sono, aspectos emocionais, ajudando o corpo a se equilibrar.
– Fitoterapia: o uso de ervas chinesas combinados à acupuntura traz resultados muito positivos. Pacientes em necessidades de cuidados paliativos estão muitas vezes com problemas de nutrição, perda de peso e apetite, dificuldades para dormir, baixa imunidade. “Usamos as ervas em forma de chá ou cápsulas para auxiliar nestas situações”, explica.
– Auriculoterapia: trabalha com pontos reflexos na orelha, estimulando partes ou funções do corpo.
– Aromaterapia: Há uma enorme quantidade de óleos para serem utilizados para inúmeras queixas. Óleo de lavanda é um excelente calmante, é cicatrizante e pode ser utilizado na pele, por exemplo.
– Meditação: proporciona estados de profunda calma e reconexão consigo mesmo.
– Reiki e Deeksha: são duas técnicas diferentes de imposição das mãos, na qual a pessoa que o aplica serve de canal de energia amorosa. Esta energia transmitida auxilia na recuperação de doenças de qualquer tipo, física, mental ou espiritual.
Recreação e Artes
Quem não gosta de um pouco de diversão? “Essas atividades permitem ao paciente e seus familiares momentos de lazer, de descontração e entretenimento. São momentos destinados aos exercícios de atividades lúdicas, artesanais, dinâmicas em grupo e de contato com a natureza que sejam de interesse do paciente e de seus familiares, promovendo diminuição do estresse, relaxamento e interação social”, comenta Katia Abonante.
No Valencis Curitiba Hospice, diversas opções de atividades de lazer são oferecidas, como pinturas em tela, construção de narrativas pessoais de vida através de relatos e fotos, decoupage, produção de pratos específicos, construção de artigos em feltro, composição de arranjos florais e o plantio, exercícios de relaxamento e de alongamento, patch colagem, bordados ponto cruz, jogo de bingo, dinâmicas em grupo, sessão cinema, leitura de livros, dança e movimento, entre outros.
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Fonte: Revista VIVER Curitiba