Como a família pode ajudar o paciente na finitude da vida?

Proporcionar um ambiente saudável e promover a autonomia estão entre as dicas para deixá-lo mais confortável e tranquilo. Pacientes que necessitam de cuidados paliativos requerem “cuidado total”, principalmente no momento de finitude. Por isso, é importante que a família esteja presente para ajudar o ente querido. Para tanto, ela pode agir em três frentes para …

Proporcionar um ambiente saudável e promover a autonomia estão entre as dicas para deixá-lo mais confortável e tranquilo.

Pacientes que necessitam de cuidados paliativos requerem “cuidado total”, principalmente no momento de finitude. Por isso, é importante que a família esteja presente para ajudar o ente querido. Para tanto, ela pode agir em três frentes para aliviar o sofrimento que o paciente está passando. De acordo com o psicólogo do Valencis Curitiba Hospice, Ronny Kurashiki, são elas a emocional, a afetiva e a prática. “Em relação à primeira, é importante proporcionar ao paciente um ambiente acolhedor e permitir que ele expresse emoções e sentimentos. Esse convite à verdade, de modo geral, propicia que essa vivência aconteça de forma natural e saudável, pois é dada a chance ao paciente de falar de coisas que lhe dão medo ou conforto”, explica.

Quando falamos no nível afetivo, é importante que estejam ao lado do paciente pessoas que tenham vínculos, que representem de alguma forma ligações durante a vida. “Algumas vezes pode haver distanciamento entre membros da família. Por isso, é essencial permitir que o paciente decida qual rede afetiva ele quer que lhe acompanhe. A família precisa entender que esses manejos são importantes, fazendo com que o ambiente se torne acolhedor para o ente querido”, complementa o psicólogo.

“Em relação ao caráter prático é importante compreendermos que no decorrer da nossa vida construímos muitos planos e, mesmo com o passar do tempo, independentemente da idade, o paciente pode sentir que há pendências que ele não gostaria de deixar para trás sem serem resolvidas”, diz.

Essas questões podem ser de diversas ordens e o importante é que os familiares envolvidos no cuidado permitam que mesmo em frente à fragilidade do final da vida seja resguardada a autonomia do paciente. “Sendo assim, no nível financeiro ou até de procedimentos terapêuticos, é necessário que o paciente consiga tomar as decisões que lhe convém de modo a fazer o fechamento dos ciclos que considerava abertos”, finaliza o psicólogo Ronny Kurashiki.

O QUE FAZER?

Promova um ambiente de autonomia ao paciente.

Respeite suas preferências, seus gostos e suas manias.

Guie o processo dentro dos desejos e vontades do paciente quando o mesmo não for mais capaz de tomar decisões.

Entenda que cada pessoa é única no mundo, terá sua própria história de vida, sua personalidade, preferências e forma de se expressar.

Favoreça uma comunicação clara e efetiva em que não existam assuntos proibidos entre o paciente e a família.

 

Fonte: Revista VIVER Curitiba

Posts Relacionados