Equipe de enfermagem é o elo entre o paciente e a equipe multiprofissional

Enfermagem em Cuidados Paliativos realiza trabalho intenso do ponto de vista do cuidado A definição da palavra enfermagem refere-se a uma ciência com a finalidade de oferecer assistência e cuidado ao ser humano de forma individual, na família ou em comunidade, sempre desenvolvendo ações para reabilitar, proteger e cuidar do paciente. Dados da Fundação Oswaldo …

Enfermagem em Cuidados Paliativos realiza trabalho intenso do ponto de vista do cuidado

A definição da palavra enfermagem refere-se a uma ciência com a finalidade de oferecer assistência e cuidado ao ser humano de forma individual, na família ou em comunidade, sempre desenvolvendo ações para reabilitar, proteger e cuidar do paciente. Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) mostram que a enfermagem no Brasil é composta por um quadro de 80% de técnicas e auxiliares e 20% de enfermeiros com nível superior, sendo que desse total 60% encontram-se no setor público, 32% em clínicas particulares e 8% nas instituições de ensino.

 

A enfermeira do Serviço de Dor e Cuidados Paliativos do Valencis Curitiba Hospice, Fernanda Tuoto, conta que a enfermagem está intimamente relacionada aos cuidados dos pacientes e familiares, uma vez que a equipe de enfermagem possui um relacionamento mais próximo com os mesmos, estes profissionais tornam-se uma espécie de “advogados” dos pacientes, buscando sempre a melhor maneira de resolver as questões relacionadas àquela determinada pessoa. “Acolhemos as queixas dos pacientes, familiares e buscamos oferecer o melhor cuidado e conforto para qualquer situação que eles estejam envolvidos, e quando se trata de oncologia os esforços aumentam ainda mais, já que possuímos contato mais extenso com o paciente, que pode realizar o tratamento durante meses”.

 

Além das questões técnicas diferenciadas que envolvem o tratamento do paciente oncológico, a equipe de enfermagem necessita realizar um trabalho mais intenso do ponto de vista do cuidado e humanização. “O paciente é cuidado de maneira integral. Ele é observado não somente do ponto de vista físico, mas também social, emocional e espiritual. Como um todo. Não só as questões do paciente são identificadas e tratadas, mas também a de seus familiares, sendo considerados um binômio de cuidado, pois dificilmente o paciente perpassa pelo período de adoecimento sozinho”.

 

Nesse sentido, é fundamental trabalhar em equipe multiprofissional capacitada em Cuidados Paliativos para cuidar de todas as dimensões que envolvem o tratamento. Essa equipe apresenta uma composição ideal geralmente com médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e espirituais, de modo a conseguir gerenciar da melhor maneira os cuidados com o paciente e família. “Em Cuidados Paliativos, a equipe precisa falar a mesma linguagem e definir condutas alinhadas e coerentes em prol das demandas apresentadas pelos pacientes e famílias, ressalta”. O trabalho da equipe de Cuidados Paliativos vai muito além das questões técnicas, mostrando que o importante é cuidar e olhar o paciente como um ser humano integral, independente da aplicação da tecnologia. “Devemos tratá-lo da mesma forma que gostaríamos de ser tratados se estivéssemos passando por aquele período de terminalidade”, finaliza Fernanda Tuoto.

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