A importância da nutrição em pacientes oncológicos

Cuidados com a alimentação são fundamentais para melhores resultados no tratamento. Estamos – ou deveríamos estar – sempre cuidando da nossa alimentação, afinal ela ajuda a determinar o estado que o nosso organismo se encontra e é fundamental para o bem-estar, desde aumentar a imunidade ou nos deixar com um peso adequado. No caso de …

Cuidados com a alimentação são fundamentais para melhores resultados no tratamento.

Estamos – ou deveríamos estar – sempre cuidando da nossa alimentação, afinal ela ajuda a determinar o estado que o nosso organismo se encontra e é fundamental para o bem-estar, desde aumentar a imunidade ou nos deixar com um peso adequado. No caso de pacientes crônicos, em especial aqueles que enfrentam o câncer, é essencial olhar com ainda mais atenção para a alimentação durante o tratamento. Estudos mostram que a incidência de desnutrição nos pacientes oncológicos varia de 22% a 80%, e por essa razão o suporte nutricional é extremamente importante. nutrição 

Segundo o especialista em Terapia Nutricional e Nutrição Clínica e cirurgião oncológico do Valencis Curitiba Hospice, Dr. Vinicius Basso Preti, a perda de peso está associada à menor sobrevida e à maior chance de complicações durante o tratamento, seja por cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. “Todo paciente oncológico deve fazer uma avaliação nutricional antes do tratamento. Como a incidência de desnutrição é elevada e o apetite pode alterar durante o tratamento, é frequente que necessitem utilizar suplementos de dieta ou até mesmo sonda para nutrir de maneira adequada. A necessidade de quais nutrientes e quantidade deve ser calculada para cada paciente por nutricionista com experiência em oncologia”, afirma.

GOSTO DIFERENTE

Alterações do paladar, como gosto metálico, intolerância a doces e alimentos cítricos podem ocorrer e é necessário ajuste da dieta, por essa razão os pacientes devem ser reavaliados frequentemente para evitar desnutrição. “As restrições alimentares durante o período de tratamento são poucas e variam com quais procedimentos estão sendo feitos. Por exemplo, pacientes em quimioterapia não devem utilizar amendoim pela possibilidade de infecção por fungos. Alguns alimentos crus também devem ser evitados. A orientação nutricional é essencial para evitar alimentos que possam trazer riscos”, explica o cirurgião oncológico.

O QUE DEVE TER NO PRATO

Entre os principais nutrientes que um paciente precisa ingerir estão os carboidratos (massas, pães, arroz), proteínas (carnes, aves e peixes), gorduras (também chamadas de lipídeos, presente em castanhas, azeite, por exemplo) e vitaminas. A proporção deve ser individualizada de acordo com a fase do tratamento e prescrita por um nutricionista. Dependendo do caso, é necessária a reposição de algumas vitaminas, especialmente a D. “Hoje em dia há muita informação sobre vários tipos de dieta. Dietas sem glúten só tem benefício para quem é portador de doença celíaca, pacientes com câncer não devem segui-la. O mesmo ocorre com alimentos isentos de lactose”, orienta.

Cuidado com o aumento de peso!
A obesidade tem relação direta com 10 tipos de câncer:
1. Mama
2. Endometrio (útero)
3. Rim
4. Colón e reto (intestino grosso)
5. Ovário
6. Vias biliares
7. Adenocarcinoma do esôfago
8. Estômago
9. Mieloma múltiplo
10. Pâncreas

Fonte: Revista VIVER Curitiba

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