Paciente terminal: como funcionam os cuidados paliativos

Saiba a importância destes cuidados e como uma equipe multidisciplinar pode ajudar neste momento Quem não conhece alguém que já encarou alguma doença terminal? É justamente nessa fase que emergem os cuidados paliativos, uma filosofia de cuidado que visa minimizar os desconfortos no fim de vida. Para um atendimento de qualidade, é preciso uma atuação …

Saiba a importância destes cuidados e como uma equipe multidisciplinar pode ajudar neste momento

Quem não conhece alguém que já encarou alguma doença terminal? É justamente nessa fase que emergem os cuidados paliativos, uma filosofia de cuidado que visa minimizar os desconfortos no fim de vida. Para um atendimento de qualidade, é preciso uma atuação de uma equipe multidisciplinar, como explica a enfermeira do Valencis Curitiba Hospice Fernanda Tuoto.

Fernanda Tuoto, enfermeira do Valencis Curitiba Hospice, explica como são os cuidados com um paciente terminal (Foto: Mariana Barcellos)

TODOS POR UM

Vários profissionais podem compor uma equipe multidisciplinar: médicos, enfermeiros, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e fisioterapeutas ajudam no trabalho. A equipe pode contar ainda com consultores externos para ajudar nos mais variados assuntos, além de pessoas que não necessariamente estão ligadas à área da saúde, como um orientador espiritual, para acalentar a alma dos pacientes e familiares. Profissionais que atuam com aplicação de terapias integrativas, como massagens relaxantes, musicoterapia e aromaterapia também são bem vindos.

 

CONFIANÇA

Como o paciente permanece por um período estendido para receber os cuidados necessários nos momentos finais de vida, ele percebe que cada profissional tem o seu papel no tratamento e acaba sentindo-se mais confiante, inclusive para tomar decisões referentes ao seu próprio tratamento. Em uma equipe multidisciplinar todos os profissionais têm voz, o que acaba contribuindo para o entendimento que está amparado por todos.

 

VAI ALÉM

Muitas vezes os profissionais acabam entrando um pouco na área do outro e os saberes de cada um tornam-se complementares. Como a equipe é diferente do ponto de vista também de atuação e lida com o processo de morte e de luto diariamente, a empatia, nesses casos, é essencial para o bem-estar do paciente e para que o trabalho seja mais efetivo do ponto de vista humano.

 

PACIENTE

Com o apoio da equipe multidisciplinar o paciente e sua família tem a possibilidade de trabalhar o processo de morte com mais tranquilidade, evoluindo para um desenlace da vida de forma mais serena, com o mínimo de sofrimento físico, emocional e espiritual. Afinal, a equipe está apta a ajudar o paciente a compreender a situação, fazendo com que ele resolva todas as questões pendentes que permeiam sua vida, de modo mais ameno.

 

FAMÍLIA

Para a família, a equipe ajuda a ter um luto menos pesado, para que o processo seja menos traumático e com menos sofrimento. O vínculo formado entre o familiar e algum membro da equipe é fundamental para isso, pois nem sempre estamos preparados para a morte nem sabemos como será a reação no momento. Mas a equipe, independentemente do profissional, vai proporcionar o conforto necessário.

 

Entrevista realizada pela Revista VIVER Curitiba 

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