Você sabe o que é a DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica? Hoje, 18 de novembro, é celebrado o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e serve como alerta para os cuidados com essa doença que obstrui as vias aéreas, tornando a respiração difícil, transformando-a em uma síndrome clínica que compreende a bronquite …
Você sabe o que é a DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica?
Hoje, 18 de novembro, é celebrado o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e serve como alerta para os cuidados com essa doença que obstrui as vias aéreas, tornando a respiração difícil, transformando-a em uma síndrome clínica que compreende a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que 210 milhões de pessoas no mundo têm DPOC, sendo que anualmente 6 milhões de brasileiros são diagnosticados com a doença que atualmente representa a terceira causa de mortes no mundo.
“A sua origem tem relação quando o indivíduo se expõe durante anos aos agentes que agridem os pulmões, o principal deles é o tabagismo, responsável por cerca de 80% dos casos. Em geral, o seu início é lento, mas pode progredir de modo mais rápido, evoluindo para incapacidade por insuficiência respiratória e óbito. Para um diagnóstico precoce, para amenizar os sintomas e interromper a sua evolução natural é fundamental ficar atento aos sinais de alerta e adotar medidas para o controle da doença. Entre os principais sintomas da DPOC estão a falta de ar aos esforços, que pode acontecer inclusive em atividades corriqueiras como trocar de roupa, o pigarro, a tosse crônica seca ou com secreção”, cita a geriatra Jaqueline Doring Rodrigues, do Valencis Curitiba Hospice.
Em pacientes com DPOC precisa-se estar atento aos indicadores clínicos, os quais demonstram que os cuidados paliativos exclusivos devem ser indicados, que são: declínio funcional (autocuidado limitado, estar acamado ou em cadeira de rodas, aumento da dependência), perda de peso progressiva, dispneia em repouso, sintomas físicos e psicológicos difíceis de manejar, necessidade de oxigenioterapia domiciliar, ter outras doenças associadas como, por exemplo, a insuficiência cardíaca grave, mais de três hospitalizações em um ano por exacerbação do DPOC (infecções pulmonares), entre outros.
Segundo a geriatra, “Há, ainda, uma importante pergunta que pode ser feita que serve como um bom indicador da necessidade de se abordar a respeito de cuidados paliativos: você se surpreenderia se o doente morresse nos próximos meses, semanas, dias? Caso a resposta seja “não”, deve-se avaliar a presença dos indicadores de declínio funcional já comentados. E por que essa tomada de decisão é crucial neste momento da vida da pessoa e de seus familiares? Porque essa abordagem fará com que se antecipe os sintomas e oriente-se a família sobre o adequado manejo, protegendo o doente dos eventuais desconfortos e sofrimentos. Além disso, pode-se programar onde gostaria de receber os cuidados, como um hospice, com quais profissionais, o ambiente desejado pelo paciente, reconhecer precocemente seus valores e expectativas e a partir deles elaborar um plano de cuidado. O atendimento multidisciplinar dos cuidados paliativos – juntamente com profissionais da psicologia, nutrição, enfermagem e outros – permite que se tenha um olhar integral à pessoa e que se busque um equilíbrio em todas as dimensões da sua vida, não somente a biológica. Além de escutar e compreender o paciente, pode-se ajudar para que ele possa tomar suas decisões e fazer suas escolhas de forma adequada. Além disso, os cuidados paliativos não se trata somente do controle dos sintomas ou da restauração de um sistema orgânico, mas também em encontrar um significado para a existência. Afinal, trabalhar com a finitude é elaborar as perdas e o quanto se dará conta de tudo isso está intimamente associado à compreensão do seu sentido de vida. Tão doloroso quanto saber que se está com uma doença sem cura e avançada é morrer sem que a vida tenha tido um significado”.
O DPOC por ser uma doença que leva à insuficiência respiratória pode necessitar de um cuidado intensificado conforme a progressão da doença. Saber quando está indicado e priorizar medidas que visem essencialmente qualidade de vida em detrimento de terapêuticas que geram desgaste e sofrimento, com pouca expectativa de sucesso, é fundamental. Afinal, pode proporcionar um processo de morte mais tranquilo ao paciente e mais acolhedor aos familiares. Neste sentido a equipe de um hospice, especializada em cuidados paliativos, promove um atendimento de excelência resguardando os valores e desejos do paciente e da sua família no momento de maior vulnerabilidade da vida.
A DPOC não tem cura, mas é uma doença tratável com procedimentos que atuam retardando a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações. É importante procurar um especialista ao surgir qualquer sintoma, principalmente se a pessoa é tabagista ou está em contato, mesmo que de maneira passiva, à fumaça de cigarro. Também é importante perceber se o indivíduo fica exposto à inalação de outros gases, como fumaça derivada de lenha, carvão ou queima de combustíveis sólidos, por exemplo.
Não esqueça:
O tabagismo é a principal causa da DPOC;
Os principais sintomas são: falta de ar, tosse crônica ou com secreção;
A DPOC não tem cura, mas é uma doença tratável.